sexta-feira, 27 de maio de 2011

fragmento ficcional infame #3: Miquinha amestrada

"no meio do deserto encontrei a sua irmã
parecia um tigre comendo uma maçã"

ouço na barca, o azul do mar me olha. as bolinhas de gude. uma moleza no corpo...saudade?

Não sei o que senti, eu não pude acreditar
Quando no espelho eu cruzei o seu olhar

lembrança. os olhos, a pele. o toque...a invasão. as tatuagens. e parece real. parece que está aqui.


Ah! Na minha vida tudo mudou
Aquela garotinha me ensinou o que é o amor
De dentro do meu carro a vida era melhor
Sentia que a Terra girava ao meu redor
Alguém pediu carona, eu não pude recusar
Quando acelerava ela disse pra parar


Horrivel qd ate o radio parece estar contra vc. a voz rouca, a risada rouca...o calor do sol.

Ah! Na minha vida tudo mudou
Aquela garotinha me ensinou o que é o amor


antes eu tivesse sido reprovada....

Não diga nada para a sua mãe
Apague a luz pra eu te ver melhor
Eu vou chorar lágrimas de crocodilo
Vou inundar o seu umbigo


então vem...vem que eu apago a luz e não conto nada a ninguém. venha inundar o meu umbigo. minha saudade é toda sensorial...e mesmo sabendo que suas lágrimas são, sempre foram e sempre serão de corocdilos, eu sei que tentaria de novo, e de novo. porque os sentidos escravizam a alma...Wilde sabe das coisas.

e eu sei o que estaria arriscando. que estariamos arriscando. mas o corpo não sabe de nada.

então chego na praça XV e na realidade. vc esta longe...muito longe.


Nenhum comentário: